CURSO PRESENCIAL

BANDOLIM​

Professor Vitor Casagrande

O curso de bandolim da Escola de Choro de São Paulo é voltado para o bandolim brasileiro e seu importante papel de solista dentro do choro. Diferentemente dos seus homônimos ao redor do mundo, o bandolim no Brasil adquiriu características próprias que vão desde o formato e a sonoridade até a técnica e o repertório executado. Essas particularidades fizeram com que o instrumento se desenvolvesse de forma independente se ligasse a música popular brasileira, sobretudo ao choro e ao samba. Dessa forma, o nosso enfoque é justamente explorar a tradição oral, incentivando os alunos a aprenderem da forma como os mestres do instrumento também o fizeram, ouvindo e observando. Tendo como base a obra deixada por Luperce Miranda e Jacob do Bandolim, o objetivo principal é que os alunos adotem esses mestres como referencial interpretativo e estilístico, aprendendo por meio da escuta atenta as gravações e da imitação das interpretações, além de trabalharem com o professor a parte técnica do instrumento voltada para as necessidades exigidas pelo repertório.

CAVAQUINHO

Professor Henrique Araújo

O cavaquinho é um dos instrumentos mais populares do Brasil, presente em quase todas manifestações populares de música, do Nordeste ao Sul do país. Isso está relacionado à presença deste instrumento nos primeiros registros do gênero Choro, com regionais formados por cavaquinho, flauta e violão, linguagem que vem se desenvolvendo nesses quase 150 anos de existência. O cavaquinho no Choro desempenha duas funções: centrista, na qual é intermediador entre a harmonia (violões) e o ritmo (pandeiro); e solista, função em que atua como protagonista de melodias. O curso de cavaquinho da Escola de Choro de São Paulo é dividido em três turmas: iniciante, intermediário e avançado, abrangendo assim um público muito diversificado. Procuramos dar continuidade à linguagem deixada por figuras de extrema importância para o desenvolvimento do instrumento, como Jonas Pereira, Waldir Azevedo, Esmeraldino Salles e Garoto, e também músicos contemporâneos que vem contribuindo para o desenvolvimento dessa linguagem, como Luciana Rabello, Milton Mori e Jayme Vignoli.

Clarinete

Professor Alexandre Ribeiro

De origem europeia, o clarinete chegou ao Brasil com a corte portuguesa em 1808 e foi inserido na música brasileira em meados de 1850, quando surge uma nova classe social nos subúrbios do Rio de Janeiro, a classe média, formada por funcionários públicos, músicos de bandas militares e pequenos comerciantes. Na roda de Choro, o clarinete chegou como solista logo após a flauta e o bandolim e, por possuir grande versatilidade técnica e sonora, expandiu sua abrangência em todos os outros ritmos do Brasil, sendo atualmente um dos instrumentos mais usados nos quatro cantos do país. O curso de clarinete da Escola de Choro de São Paulo foi criado para alunos de todos os níveis musicais: iniciante, intermediário e avançado, buscando desenvolver a técnica do instrumento e os caminhos para a linguagem e interpretação do Choro, inspirado em mestres como Luiz Americano, Abel Ferreira, Severino Araújo, Paulo Moura e Nailor Proveta.

FLAUTA

Professor Enrique Menezes

O curso de flauta focado em choro ministrado por Enrique Menezes pretende aliar os exercícios tradicionais de sonoridade, escalas e arpejos ao repertório específico do choro, adicionando aos estudos técnicos a vivacidade das performances em roda. O formato de aulas em grupo, que mistura performance e diálogo entre todos os alunos da Escola, pretende alcançar o objetivo de partir da prática musical como a fonte daquilo que, depois, se torna a teoria anotada nos cadernos, bem como entender essas teorias como a representação dada para aquelas práticas musicais vivas: estratégia que pretende tornar o aprendizado mais próximo do que acontece dentro do mundo da música.

Pandeiro

Professor Rafael Toledo

A percussão foi o último elemento a ser consolidado nos grupos de choro, um dos maiores responsáveis pela inserção da percussão na linguagem do choro foi Pixinguinha, incluiu percussionistas em seu grupo “Os Oito Batutas”. 

O pandeiro é o principal instrumento percussivo do choro, os pioneiros neste instrumento são: João da Baiana e Jacob Palmieri, seguidos de Russo do Pandeiro, Popeye do Pandeiro, Risadinha, Gentil do Pandeiro, Gilson, Zequinha do Pandeiro, Gilberto D’Avila, Pernambuco do Pandeiro e Jorginho do Pandeiro. 

Para quem está em busca de aprendendo a tocar pandeiro dentro da linguagem do choro, é essencial escutar e se aprofundar neste repertório, pesquisar as grandes referências e entender as estruturas das composições, além de estudar as técnicas tão singulares para se dominar o instrumento e a linguagem do choro. 

Por isso, nas aulas de pandeiro da Escola de Choro de São Paulo, iremos nos aprofundar na história do choro, linguagem estética e estudo técnico do pandeiro.

Violão / Violão 7 Cordas

Professor Gian Correa

O violão de 7 cordas possui uma linguagem singular, uma maneira de se tocar completamente original e brasileira, diferente de tudo que há em todo o mundo em matéria de violão. A linguagem do 7 cordas é conhecida por suas baixarias, recurso melódico de contraponto executado na região grave do instrumento, além de simultaneamente tocar acordes e levadas. Este recurso de melodias secundárias na região grave originou-se nos instrumentos de sopro de ícones da música brasileira como Pixinguinha e Irineu de Almeida, posteriormente foi adaptado para o violão por Dino 7 cordas. Nas mãos de Dino e de outros representantes este instrumento participava dos regionais de choro, grupos de choro que tiveram extrema participação em gravações de discos e programas de rádio durante muitas décadas no país. 

Na Escola de Choro de São Paulo os estudos sobre o 7 cordas circundam os assuntos de harmonia, ritmo, violão de acompanhamento, condução de baixos, baixaria, e também o aprendizado de técnicas sobre como entender “música de ouvido”. Pretende-se com este curso levar aos alunos o conhecimento sobre a experiência prática e informal passada de geração para geração através das tradicionais rodas de choro. Este tipo de conhecimento é pouco explorado pelas instituições formais de ensino musical. Por isso podemos reconhecer o curso de.violão da Escola de Choro de São Paulo como uma iniciativa de extrema importância para a manutenção da linguagem deste instrumento na cultura popular brasileira.

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